“Em linhas gerais, percebo que mesmo em lares onde existe colaboração de várias pessoas em relação ao cuidado, o papel da mulher acaba sendo o principal. Pensando no cuidado com a casa, por exemplo: conheço poucos homens que passam pela casa, olham o que precisa ser feito e fazem sem que alguém tenha que pedir (varrer, organizar, lavar, etc). Podem até fazer com boa vontade, mas não tem esse olhar da iniciativa, de se sentir responsável por aquilo.
O mesmo se repete com os cuidados com pessoas (crianças e idosos). Pais que são super cuidadosos e amorosos com os filhos às vezes focam no cuidado básico (alimentação, higiene, brincadeiras), mas quem lembra que naquela semana tem o aniversário de um colega e precisa comprar um presente é a mãe. Quem acompanha que já está na hora de voltar ao dentista é a mãe.
A nossa estrutura social enraizou este conceito que precisa urgentemente ser transformado. Mudar esta construção é uma tarefa diária, tanto para as próprias mulheres quanto para os homens que já despertaram para esta visão.”
Relato anônimo enviado para o CuidaDelas
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